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Karucango Eixo Artístico lança produção musical em prol de artistas trans







Indra Haretrava, que participou de “Nasce uma Rainha”, série exibida pela Netflix, é a primeira cantora trans contemplada pelo projeto


Visando dar voz aos que ao longo dos anos tanto lutam para não serem calados, a “Karucango Eixo Artístico” lança produção musical em prol da comunidade trans, após repercussão de um concurso realizado no início do ano pelo Instagram do Dj “Neskau”, em comemoração ao Dia Nacional da Visibilidade Trans no Brasil, celebrado em 29 de janeiro. O projeto, que contou com a presença de inúmeros participantes, iniciará com a Indra Haretrava, que teve um dos melhores desempenhos no evento. A artista chega a Macaé na segunda-feira (17) para iniciar as gravações.


A cantora, performer e modelo fotográfica, que também esteve na primeira temporada de “Nasce uma Rainha”, série da Netflix comandada pela cantora Glória Groove e a Drag Queen Alexia Twister, em 2020, logo chamou a atenção do Dj, um os idealizadores, por seu expressivo talento. “A Indra foi uma das cinco candidatas com ótimo destaque, então fiz o convite e ela logo aceitou. Na próxima semana nos encontraremos para começarmos”, disse ‘Neskau’, que realizará o trabalho através da gravadora “Quatro Quatro Três” no qual ele é sócio.



Composta pela Juvêncio Produções; da produtora cultural Sheila Juvêncio, pela Monteiro Assessoria de Imprensa; da jornalisra Laís Monteiro e pelo Dj ‘Neskau’, essa é a primeira parceria de muitas que ainda virão da “Karucango”, união empresarial que fomenta o setor artístico não só macaense, mas de toda região, por meio de orientação, formação, produção, assessoria e suporte de carreiras.


Segundo ‘Neskau’, o projeto, que contará somente com cantores trans, consiste em quatro faixas musicais que serão lançadas no decorrer de 2021. “Como homem negro, hétero e cis, quero muito ajudar a comunidade por meio do meu trabalho em prol dessas pessoas”, ressaltou.


No país que mais mata pessoas transexuais no mundo, o Brasil, que no ano passado ainda liderou pela 12ª vez consecutiva essa triste posição, é imprescindível e cada vez mais urgente a construção de políticas públicas capazes de promover mais inclusão e diversidade da comunidade pelos espaços na sociedade, bem como garantir os seus direitos.



Sendo rejeitados não só pelo mercado de trabalho, mas principalmente, pelos os seus familiares, grande parte das pessoas trans acabam enveredando para os trabalhos informais, muitas vezes, por uma simples questão de sobrevivência. Além disso, juntam-se ainda a essa dura realidade, a crise financeira decorrente do cenário pandêmico e a classe policial que atua de forma errônea, contribuindo fortemente no extermínio de pessoas trans.


Neste sentido, o empreendimento vai na contramão das dificuldades enfrentadas pela comunidade, revelando novos talentos na cultura e os dando a esperança de dias melhores. “Com esse projeto pretendo colocar não só a Indra Haretrava no mercado da música, mas todas as pessoas trans inseridas no mesmo, com um trabalho sério e bastante profissional. As expectativas são as melhores possíveis. Ela é bastante talentosa e expressiva em sua arte. Percebo isso desde que a assisti no documentário”, frisou a produtora de eventos Sheila Juvêncio.

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