Com ações permanentes de controle e combate ao mosquito Aedes aegypti, a Prefeitura de Macaé, por meio da Coordenadoria Especial de Vigilância Ambiental em Saúde (Cevas), da Secretaria de Saúde, tem realizado trabalhos para o controle vetorial e de inovação tecnológica. O objetivo é reduzir o índice de infestação do mosquito no município.
Nesta perspectiva, o coordenador da Cevas, Luan Campos, e sua equipe estiveram na última semana no município de São Gonçalo, na Região Metropolitana, para conhecer o trabalho do setor de Vigilância Ambiental em Saúde, da cidade que vem se destacando pelos baixos índices de infestação e números de casos confirmados para dengue, através do uso da pulverização com as motofogs.
“Realizamos uma visita técnica no município para conhecer o trabalho de controle de vetores. Após uma série de observações e estudos realizados nos últimos três meses pela nossa coordenação, acompanhamos indicadores e buscamos entender alguns municípios que vem se destacando com boa resposta no controle da dengue. E São Gonçalo, que fica a 25km da capital, onde foi decretada situação de emergência em saúde, por conta da epidemia de dengue na cidade do Rio de Janeiro, o município da Região Metropolitana, vem tendo bons números no combate à dengue e outras arboviroses e do baixo número de casos confirmados de dengue desde 2023”, frisou.
Para Luan, era importante conhecer de perto o funcionamento das ferramentas e sistemas utilizados em São Gonçalo, que tem sido um diferencial no Estado do Rio de Janeiro, para que essas melhorias também possam ser implementadas no município.
Ele explica que as ações de pulverização com as motofogs são realizadas de forma ininterrupta, durante todo o ano, o que tem mantido a doença controlada. “As doses soltas pelas motofogs são precisas, têm química limpa – chamada de verde – que não poluem o ambiente. E foi exatamente o trabalho delas que chamou a nossa atenção. Pudemos conhecer um sistema de monitoramento em tempo real da utilização dessas motos, que pela topografia que temos, nos permitirá melhor acesso e mobilidade em várias localidades que atualmente encontramos dificuldade para realizarmos o fumacê com o carro atual.
A intenção é que com a implantação de forma complementar das motofumacês possamos chegar a ruas estreitas e vielas; terrenos baldios; acessar melhor os cemitérios e reduzir o tempo que levamos para visitar e tratar os inúmeros pontos estratégicos”, destacou Luan.
De acordo com o sistema utilizado pelo município de São Gonçalo, é possível acompanhar a localização, o trajeto, o consumo de inseticida e outros dados em tempo real, que permite maior transparência, melhor eficácia na aplicação de insumos, melhor atuação em áreas prioritárias e ampliação do atendimento aos munícipes com passagem em diversos bairros da cidade ao mesmo tempo.
O coordenador da Cevas, que estava acompanhado do Supervisor Geral, Marcelino Rocha, do supervisor de área, Márcio Santos e o agente de combate à endemias, Rodrigo Inácio, também puderam saber como é feito o monitoramento online das motos, que têm o trajeto, velocidade e até a quantidade de inseticida utilizado controlados diretamente da Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil de São Gonçalo. “Fomos recepcionados pelos técnicos e agentes de endemias, onde pudemos trocar muitas experiências, dialogamos e vimos a operação das máquinas e as técnicas empregadas atualmente no preparo e utilização dos inseticidas, assim como as formas de utilização”, explicou Luan.
Ainda sobre a utilização das motos, segundo Luan, a intenção é utilizar o recurso para o controle do Culex nos bairros da zona Norte, que sofrem de tempos em tempos com infestações do inseto. “Contra a dengue as motofumacês também tem papel relevante, de forma complementar ao veículo fumacê (UBV) existente, pois queremos ampliar o atendimento através da aquisição de cerca de seis destas motocicletas para Macaé, conhecidas por fazerem uma tradicional névoa ou fumaça, que parece ter melhor capacidade de dissipação”, garantiu.
O controle da infestação do mosquito Aedes aegypti, vem sendo realizado de forma intersetorial pela prefeitura de Macaé, mas a implementação de novas ferramentas amplia o controle do inseto e consequentemente a doença. “Essa visita técnica foi excelente, confirmamos que são ferramentas importantíssimas para somarmos em nossa luta contra os insetos vetores de doenças, como o Aedes aegypti, sobretudo em bloqueios. Com os novos equipamentos poderemos ampliar o controle de forma simultânea em diferentes bairros e regiões, automatizar e intensificar os trabalhos, dar mais qualidade de serviço aos nossos agentes e entregar melhores resultados e bem estar para nossa população”, disse Luan.
A comitiva macaense foi recebida pelo Diretor de Vigilância Ambiental em Saúde de São Gonçalo, Edson Vieira, o Diretor da Vigilância Sanitária, Renato Rangel e membros da Secretaria Municipal de Saúde, além de representantes da empresa que implantou o serviço no município. Outras visitas técnicas estão no cronograma da coordenadoria. A próxima visita prevista nos próximos meses será na cidade de Niterói para conhecer o trabalho de utilização da bactéria Wolbachia para controle biológico, método que tem se destacado na atuação contra o Aedes aegypti.
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