Policiais entregaram intimação aos filhos de Ricardo Chacon.
A Polícia Civil da 128º DP de Rio das Ostras abriu inquérito por crime financeiro contra idoso no caso de Ricardo Chacon. Familiares do empresário receberam a intimação para prestar esclarecimentos sobre o crime no início deste mês. Em julho, o caso foi levado ao fórum local para que os mesmos prestassem esclarecimentos sobre diversas acusações contra eles. Na audiência do dia 11 de julho, os filhos de Ricardo Chacon não compareceram ficando apenas o genro e um advogado para representa-los. Com isso, Marcelo não pode ser ouvido e sequer teve a oportunidade de se defender em juízo.
Nessa audiência, quarenta pessoas – de forma pacífica – entre elas os ex-prefeitos Carlos Augusto Balthazar e Alcebíades Sabino dos Santos estiveram na audiência e confirmaram que Chacon testificaram o trabalho árduo vida da vítima nesta comarca, além do fato de que a vítima contribuiu par o crescimento da cidade. A advogada de Chacon busca provar que houve contra ele crime financeiro contra idoso, constrangimento ilegal, ameaça e cárcere privado cometidos pelo genro da vítima. A justiça assim entendendo os responsáveis poderão ser condenados à prisão e Ricardo Chacon ter todos os seus bens devolvidos.
Na audiência, a advogada mostrou que Chacon é pessoa idônea, empresário de grande reconhecimento na cidade, onde sempre zelou pela sua família e o seu trabalho, a vítima nasceu rico, no entanto não se acomodou, trabalhou duro para adquirir um patrimônio avaliado em R$ 53, 1 milhões. Em toda sua vida procurou investir com muito sacrifício no comercio e se tornou um empresário de grande renome. Como pai de família, proveu a todos de estudos, uma vida luxuosa e formação religiosa.
Relembrando o caso
Depois de uma vida de trabalho; de construir um império de empresas no ramo automobilístico, de postos de gasolina e construtora, Ricardo Chacon em que provar na Justiça que fez tudo isso com seu próprio trabalho. Vive hoje na penúria e dependendo apenas uma pensão que mal dá para se alimentar.
Em 1984 já Rio das Ostras, iniciou sua jornada empresarial comprando uma fazenda que depois em 2017 após legalizar a propriedade a transformou no empreendimento RESIDENCIAL BOSQUE ENCANTADO CONSTRUTORA E INCORPORADORA LTDA, no mandado do então prefeito Carlos Augusto Balthazar, fato comprovado por Carlos Augusto durante a audiência do dia 11 último.
Além desse empreendimento, Ricardo Chacon construiu a distribuidora de Gasolina Fátima, a mecânica Fátima, a garagem São João de Braga, a Canavial Auto Motores, o posto Fazenda Bosque Encantado, a Chacon Auto Center e depois a Construtora Chacon.
Chacon começou a ser ludibriado e a perder seus bens com a entrada de seu genro na família. Segundo argumentação de sua defesa, o genro passou a ser seu braço direito e amigo confidencial, ganhando total confiança do empresário, falando da falta de interesse dos filhos de Marcelo em ajudar a administrar os negócios criados por ele. Isso associado a uma doença degenerativa da esposa, fez Marcelo Chacon vulnerável – segundo a advogada de defesa – a influência do genro, que lhe sugeriu separar-se da esposa enferma, depois de muitos anos cuidando pessoalmente de seus cuidados, além do tratamento médico adequado e caro.
O genro de Chacon conseguiu convencer a todos os familiares da vítima a entrarem na Justiça contra o mesmo e em 28 de abril de 2021, obtiveram a revogação de procuração, impedindo o empresário de entrar em todos as suas empresas, e até mesmo de retirar seus objetos pessoais sem a vigilância de outros. Para isso chegou a trancar Marcelo Chacon na sala do posto, fechando uma porta de ferro que dava acesso da sala do escritório para as escadas de saída, caracterizando cárcere privado. O empresário só pode sair com a chegada da polícia. Chacon não pode retirar do cofre alguns documentos e objetos pessoais de valores inestimáveis, bem como, valores em moedas correntes e ainda moedas antigas avaliado em R$ 300 mil em espécie.
Com 73 anos de idade, Marcelo Chacon se viu à mercê das vontades dos familiares, que chegaram a tentar interdita-lo judicialmente, alegando incapacidade administrativa, mesmo ele tendo construído um dos postos de gasolina em meio a pandemia.
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